quarta-feira, 6 de junho de 2012


O GRUPO














Qual o motivo de estarmos sempre procurando um grupo, quando o crescimento espiritual é individual?

Observe: num bosque, há muitas árvores juntas, uma ao lado da outra, o que lhes possibilita melhor enfrentar as intempéries.

É muito mais difícil que os ventos fortes derrubem uma árvore dentro de um bosque denso, com a proteção oferecida umas às outras. Bem diferente de quando se vê uma árvore isolada num campo.

Juntas, uma encostando-se à outra, as folhas caem mais rapidamente. A variedade de folhas de diferentes árvores torna o solo mais rico, melhorando a alimentação.

Um bosque propicia proteção, guardar nascentes de água e solo fértil, mais oxigenação e frescor no ar. Estar em grupo é isso.

Texto extraído do livro: Sentidos.

O TURISTA





Todos nós, encarnados no planeta Terra, viemos de algum lugar.

Se você souber para onde vai depois desta experiência, certamente, vai querer dividir o que tem, ser solidário.

Ser caridoso não é ser ignorante, é ter certeza da sua riqueza espiritual. Quem ainda não a tem, é um turista sustentado nas próprias conquistas, um viajante de si mesmo, sem destino.

Para alcançar a caridade, é preciso entender que você está aqui numa viagem espiritual. Um tempo curto, após o qual, você vai voltar para casa.

Você precisa saber de onde veio, o que está fazendo aqui e para onde vai, buscando evoluir e enriquecer espiritualmente.

Texto extraído do livro Sentidos.


A TRAVESSIA



           








                                                                                                                                                 

Numa análise comparativa, o corpo mental e o corpo físico são dois continentes grandes e muito fortes. No meio passa um rio, o corpo emocional. E você tenta do físico chegar ao mental.

O que permite a travessia entre as duas dimensões, através desse rio, é uma ponte muito velha e quebradiça.

Seu destino é o mental e, numa etapa posterior, o espiritual.

Atravessar essa ponte, entretanto, é  assumir todos os riscos.

Ficar no físico não tem como, porque ele se desgasta, fica velho e se consome.

Você é impulsionado a ir para o mental, a atravessar a ponte.

Quando se consegue chegar ao mental, há muitos riscos.

No passado, você conhecia todos os animais, porque era físico, sabia-se dos riscos: o leão podia comê-lo e a cobra picá-lo.

Porém, no mental, não se conhece os riscos: são maiores, porque os inimigos não são visíveis, são impalpáveis, plasmados pelos sentimentos dos que ficaram. Geralmente, sentimentos de ciúme, raiva e inveja de você.

Emocionalmente, estamos todos doentes de inveja, ciúme, egoísmo, ódio, exibicionismo, depressão.

É preciso superar essas doenças, porém é um trabalho físico.

Pode-se ficar muito tempo conversando sobre o problema pessoal de alguém, mas não vai resolver nada. A pessoa se vê, mas se ela não quiser ou se não fizer alguma coisa, não vai se curar.

Se não fizer algo por si mesmo, pelas crianças e pela sociedade, não vai se curar.

Quando se abre a consciência para o trabalho, na tentativa de ajudar o outro, você está sendo ajudado; é o aprendizado do equilíbrio.

Texto extraído do livro: Sentidos.