Você se sente
protegido, quando alcança proteger alguém. Esse sentimento aflora quando se
pega uma criança no colo. Quando você descobre ser capaz de proteger o outro,
sente-se protegido.
Toda vez que
você experimenta algo que ofereceu proteção para o outro, na mesma medida,
sente-se protegido.
A diferença
entre proteção e amparo está no fato de no amparo gozar-se da proteção de quem
está ao lado.
Ainda no exemplo da criança, trocar fralda, a roupa, aquecê-la,
embalar, isso é amparo.
O amparo é
cuidar, é mais difícil de ser feito. Pois a proteção é subjetiva, é o outro que
ao seu lado se sente protegido. O amparo, é cuidar do outro e de si mesmo,
fisicamente.
Em seguida,
tem-se o ensinar.
Você só
ensina, quando oferece para a pessoa a proteção e o amparo. Sem isso, ela até
ouve, mas não dá importância.
Você não
precisa ter cuidado algum em ensinar nada para ninguém, porque o ensinar é uma
troca de experiência.
Você ensina
quando há uma relação de troca, quando você protege e ampara.
A criança
desenvolve afinidade pela mãe, pela babá, ou pela professora, porque é uma
relação de troca para um aprendizado.
Depois que
você se sentiu protegido, amparado, e aprendeu, vem a correção.
Tudo vai bem
até que se apresenta a correção. Aceita-se a proteção, o amparo e até mesmo o
ensinamento, mas a correção, não.
Você não
aceita a correção do outro, nem o compromisso em corrigi-lo.
Quando você
aceita a correção, sente-se protegido.
Você só vence,
só se supera, naquilo em que se compromete. Porque quando você assume compromissos,
os dons e as virtudes se apresentam para auxiliar. E os anjos do céu também.
Pois Deus ama
a todos e divide todos os bens de forma equânime, mas você recebe as suas cotas
de acordo com os seus compromissos.
Você tem a
proteção, o amparo, o ensinamento e a correção Dele, durante o tempo em que
você viver.
Texto extraído do livro: Dons.