domingo, 26 de maio de 2013

SEUS ANTEPASSADOS




Há pessoas que não reverenciam os seus pais, seus avôs, nenhum dos antepassados.

Só depois de reconhecer a sua família, conseguirá reconhecer Deus. Porque foram estas pessoas que Ele criou para que você pudesse reconhecê-Lo.

Você tem, nesta seqüência: avô e avó paternos; avô e avó maternos; seu pai; sua mãe; e por último você.

São, portanto, sete pessoas incluindo você; e sete é o numero da perfeição. Você pode não ser perfeito, mas a natureza fez tudo isso para você, cercou-o de pessoas para ampará-lo.

Essas pessoas são os únicos anjos em que você pode acreditar. São os que, de fato, querem o seu bem.
Sua avó é duas vezes a sua mãe. Como se não bastasse, você tem também duas vezes pai.

Peça auxílio para a sua avó; seu avô, para a sua mãe. Se eles já não estiverem vivos, seus pedidos serão atendidos mais rápido ainda, porque eles não cessam de trabalhar por sua melhora, para o seu crescimento.

Os anjos da guarda são essas pessoas que estão bem próximos de você. Não é ninguém que Deus tenha designado lá das esferas celestiais.

Em vida eles lhe dão a sustentação material. Essa é a proteção que você teve dos seus pais. Quando eles morrem, viram anjos da guarda. A criança órfã de pais, de avós, possui vários anjos da guarda e goza de uma proteção maior.

É importante que você, de alguma maneira, aja diferente com seus antepassados. Ainda que você não acredite, essas pessoas são as únicas que podem ajudá-lo, porque trazem consigo muitas experiências. Eles tentaram educá-lo.

Você vive ou viverá a mesma situação em relação aos seus filhos. E não tem como relevar, é preciso educar. Se você relevou e não corrigiu, não educou.

Redima-se dos seus pecados enquanto é tempo, ensinando o que sabe. Celebrem as presenças de seus pais e avós, vivos ou mortos.

Texto extraído do livro: Sentidos.

domingo, 19 de maio de 2013

A NASCENTE




Cada um de nós é uma fonte, tênue e frágil. Sempre que vir um rio enorme, lembre-se que o começo dele é muito delicado. A nascente está sempre em um declive ou na encosta de uma montanha, num lugar de difícil acesso.

Lá está a mina, um filete de água cercado de todos os cuidados pela natureza. Ou está num pântano, onde não dá para se chegar; ou está envolto em muita vegetação, por entre terra e pedras.

Desce e desliza como criança. Nasce com todas as dificuldades, com as quais também nascemos. E vai pela vida, crescendo, cercado de amor e cuidado. Começa a crescer por obra de outras minas e fontes.

Quando chega na fase adulta, não dá mais para ser sozinho, porque, por obra dos declives e acidentes geográficos, almeja alcançar o mar. Mas para isso, outros rios irão se agregar, desaguando uns nos outros, para se fortalecerem, tornarem-se grandes e profundos.

O amor sempre nos leva em direção ao mar.

Se quisermos ser fortes, precisamos aceitar a presença do outro. E assim, há a necessidade de perder-se o ego.

Todo mar é o somatório de milhões e milhões de outros rios, e ao se fazer o caminho inverso, retorna-se àquela fonte.

Nessa hora é preciso morrer, matar o ego. Só assim pode-se ir em direção ao mar.

Mesmo sendo um grande rio, imenso e profundo, ao encontrar-se com o mar ficará muito pequeno.

Ao lembrar-se daquele filete d’água, retorna-se à fonte.

Não tem como ser um grande rio, sem aceitar a presença do outro. É preciso compreender que se é a mesma água; e também se é o outro.

Texto extraído do livro: Sentidos.

domingo, 12 de maio de 2013

SER MÃE





Do ponto que se pode ver, ser mãe é gestar, dar à luz, aleitar, ter infindáveis cuidados, sentir temores e medos, angústias e aflições, insegurança e fortaleza. Representa o amor incondicional, a doação do que é mais caro: seu tempo, sua vida, seu amor.

O filho pertence à mãe, pois ela o ancora em seu coração e sabe das suas necessidades. Para chegar a ser co-criadora de Deus, é preciso conhecer a história da humanidade: o antes, o durante e o depois. Caso contrário, não poderia ser mãe.

Urge retomar a consciência do que é ser mãe e da sua natureza. Uma mãe sabe do amor que sente por seu filho.

Imagine, então, Deus, o Supremo: faz tudo por seus filhos, pois infinito é Seu amor. Amor de mãe é o que está mais próximo, na Terra, do amor de Deus para com seus filhos.

Transcende qualquer sentimento. O zelo e o cuidado extremo vêm do coração. Isso explica os temores e os medos, as aflições e as angústias em relação aos filhos.

Imagine esse amor que se tem por um filho, sendo dedicado igualmente aos filhos do mundo. E todos são, de fato, filhos do mesmo Criador. Certamente há responsabilidades diante dessa sociedade que se apresenta. É importante ter a consciência de qual referência se está dando e que modelo se quer reproduzir.

É importante, ainda, observar o valor que se está dando para si mesma e para os filhos. E mais: urge observar o que se está valorizando neles. Na maioria das vezes, a entrega é de um modelo que se repete, baseado em valores de conquistas, garantias e competição. Com isso, a mulher tem contrariado sua alma feminina.

Mas a mulher é dotada de capacidades: cuidar da casa, do filho, das compras, dar atenção a todos, ser vigilante, amar, envolver-se e se comprometer. A mulher tem como atributos a sensibilidade, a doçura, a calma, a sabedoria, e sabe, com maestria, cuidar dos mais próximos.

Entretanto, nem sempre faz uso desses atributos, pois, embora saiba, não acredita em si. O detalhe é que se não tivesse esses atributos não poderia ser mãe. Sente-se inferior, mesmo conhecendo todas as etapas de uma vida: da concepção ao nascimento e do crescimento à morte.

Sente-se menor, tendo em si o cálice da vida, por onde toda a humanidade veio ao mundo.

O resultado de ser mãe sem esse elo Divino é o que se vê: nega-se a origem, o Pai; nega-se quem é, o Filho; e negase quem lhe deu a vida, o Espírito Santo. Isso é morte. Dizer

“Deus me deu um filho” é diferente de “Deus está em meu filho”.

Texto extraído do livro Mulheres: Mães e Reeducadores dos Filhos de Hórus.

domingo, 5 de maio de 2013

FELICIDADE


 

Para alcançar a verdadeira felicidade, você precisa se sentir útil e, como conseqüência, beneficiar o outro.

Tem que fazer para você, mas de forma que ao outro beneficie. Isso é felicidade. E os que a experimentaram, tornaram-se santos: Irmã Dulce, Madre Tereza são alguns exemplos.

A liberdade é difícil de ser alcançada, porém, simples. Para ser livre é necessário entender que você existe fisicamente e em alma.

É compreender o que significa esta frase: Você é um ser espiritual em uma experiência física, e não um ser físico em uma experiência espiritual.

É a mente que propicia a liberdade: você é livre apenas em pensamento. E este é para que possa discernir o que está de acordo com a sua natureza. É para compreender e não para julgar.

Quando esvaziar os julgamentos de seu pensamento, e este for algo que lhe sirva, terá alcançado a liberdade.

Se você quer alcançar o amor, imagine o seu corpo como uma ampulheta: é preciso esvaziar a mente e encher o coração.

Pode estar muito difícil de decretar a sua liberdade, e você ter a certeza de que não conseguirá; mas não desista, pois isso não pode tirar de você a intenção de ser feliz e livre, senão morrerá em vida.

Texto extraído do livro: Sentidos.