domingo, 12 de maio de 2013

SER MÃE





Do ponto que se pode ver, ser mãe é gestar, dar à luz, aleitar, ter infindáveis cuidados, sentir temores e medos, angústias e aflições, insegurança e fortaleza. Representa o amor incondicional, a doação do que é mais caro: seu tempo, sua vida, seu amor.

O filho pertence à mãe, pois ela o ancora em seu coração e sabe das suas necessidades. Para chegar a ser co-criadora de Deus, é preciso conhecer a história da humanidade: o antes, o durante e o depois. Caso contrário, não poderia ser mãe.

Urge retomar a consciência do que é ser mãe e da sua natureza. Uma mãe sabe do amor que sente por seu filho.

Imagine, então, Deus, o Supremo: faz tudo por seus filhos, pois infinito é Seu amor. Amor de mãe é o que está mais próximo, na Terra, do amor de Deus para com seus filhos.

Transcende qualquer sentimento. O zelo e o cuidado extremo vêm do coração. Isso explica os temores e os medos, as aflições e as angústias em relação aos filhos.

Imagine esse amor que se tem por um filho, sendo dedicado igualmente aos filhos do mundo. E todos são, de fato, filhos do mesmo Criador. Certamente há responsabilidades diante dessa sociedade que se apresenta. É importante ter a consciência de qual referência se está dando e que modelo se quer reproduzir.

É importante, ainda, observar o valor que se está dando para si mesma e para os filhos. E mais: urge observar o que se está valorizando neles. Na maioria das vezes, a entrega é de um modelo que se repete, baseado em valores de conquistas, garantias e competição. Com isso, a mulher tem contrariado sua alma feminina.

Mas a mulher é dotada de capacidades: cuidar da casa, do filho, das compras, dar atenção a todos, ser vigilante, amar, envolver-se e se comprometer. A mulher tem como atributos a sensibilidade, a doçura, a calma, a sabedoria, e sabe, com maestria, cuidar dos mais próximos.

Entretanto, nem sempre faz uso desses atributos, pois, embora saiba, não acredita em si. O detalhe é que se não tivesse esses atributos não poderia ser mãe. Sente-se inferior, mesmo conhecendo todas as etapas de uma vida: da concepção ao nascimento e do crescimento à morte.

Sente-se menor, tendo em si o cálice da vida, por onde toda a humanidade veio ao mundo.

O resultado de ser mãe sem esse elo Divino é o que se vê: nega-se a origem, o Pai; nega-se quem é, o Filho; e negase quem lhe deu a vida, o Espírito Santo. Isso é morte. Dizer

“Deus me deu um filho” é diferente de “Deus está em meu filho”.

Texto extraído do livro Mulheres: Mães e Reeducadores dos Filhos de Hórus.

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