PERDÃO

A mãe natureza nos ensina a perdoar através do esquecimento de vidas passadas.

O fato de você não se lembrar das outras vidas, serve para que possa perdoar quem agora está ao seu lado e foi no passado um terrível inimigo.

Reencarna-se como se nada tivesse acontecido, como se você não conhecesse ninguém, num lugar aonde existam pessoas que novamente estão cheias de amor e que nas relações posteriores e na convivência, as diferenças apareçam.

Você faz amigos, desenvolve uma relação de sentimentos, e depois os problemas se apresentam. Isso pode acontecer com seu marido, seus filhos ou com seus amigos.

A natureza já lhe deu o esquecimento do sentimento que existiu no passado e lhe oferece uma nova experiência. Só que tudo isto está fixado no Eu de cada um, e com a convivência criamos um problema que parece ser atual, e de novo somamos mais fatos ruins na superação ou na dificuldade de se alcançar o perdão.

A mãe natureza sempre age numa tentativa de fazer você aprender a conviver e a superar. Não precisa estar em dificuldades para entender mentalmente. Este não é um aprendizado intelectual, é espiritual. Tudo aquilo que você tenta aprender mentalmente, demora muito tempo para ser registrado.

Então, não se preocupe, existe uma força muito maior que envolve você, tudo e todos. O mundo que você criou é que lhe faz infeliz, mas o que Deus quer é que você seja feliz.

Você tem os recursos para sua felicidade, só que está comprometido com pecados de natureza mental, emocional e física.

E nas vidas sucessivas, o manto do esquecimento existe para que você possa reaprender a conviver e perdoar.

Quando você estiver recolhido consigo mesmo, peça perdão pelos seus pensamentos, palavras e atos.

Texto extraído do livro: Equilíbrio.

LINGUAGEM DIVINA

Dizer que você merece sofrer, é muito ofensivo. Contudo, você não é vítima de nada.

O sofrimento foi o último recurso que Deus usou para você perdoar o outro ou a si mesmo.

O corpo físico lhe proporciona essa experiência. Você pode se distanciar o tempo que quiser de si ou da vida, mas um dia precisará retomar de onde parou.

Os males físicos, de toda a natureza, são recursos de Deus para sua melhora.

Existe uma inteligência maior que envolve tudo e todos. Deus é tão pródigo, que já lhe deu a liberdade de ser o que quiser.

O aprendizado e a disciplina necessários, levam-no a deparar-se com Deus, no seu físico.

No semear, você é totalmente livre; mas colher o que plantou, é obrigatório.

Então, a relação com Deus não é nada trágica, sofrida; é só você entender a Sua linguagem.

Ele não lhe fala somente através das dores; também fala na saúde, na alegria, no prazer que o corpo físico lhe oferece.

Texto extraído do livro: Sentidos.  

PILARES DOS DESEQUILÍBRIOS

Os sentimentos de orgulho, vaidade, ciúme e inveja são os quatro pilares do desequilíbrio. É a mente não concordando com o que você sente.

O orgulho, é o seu ego. A vaidade, é o que você ostenta.  O ciúme, é daquilo que não se tem; e inveja, daquilo que jamais vai ter.

O livre-arbítrio é um atributo humano. É a liberdade que você tem de fazer o que quer; e, lamentavelmente, é só na sua capacidade de pensar.

Porém, sabendo como as coisas funcionam, é possível dar um sentido diferente para a sua vida, para que possa colher coisas boas. Enquanto você não souber o que fazer, pratique a caridade. E se alcançar fazê-la a você mesmo, já estará fazendo para todos a sua volta. A maior caridade que você pode fazer para si, é se aguentar.

Sustentado na lei de causa e efeito, você pode começar a aguentar-se, utilizando as suas mãos para fazer alguma coisa, conseguindo assim, dominar a sua mente.

Para a natureza, quanto mais atividade física, mais forte você fica. Ela força você a fazer alguma coisa para continuar vivo.

Assistindo a um filme, por exemplo, você projeta a sua própria mazela, e identifica cada cena com acontecimentos na sua vida. Isso não contribui para você aguentar-se.

Conduza-se pela vida, porque tudo o que tem que ser feito, todo dia, bate à sua porta. Mas, se você não está conseguindo, não se preocupe; você tem a seu favor a eternidade.

Enfrente a vida no que tem para ser feito, independente do que você pensa.

O sentir é regido pela lei de causa e efeito.  Você decide: sofrer porque quer ou para aprender.

Texto extraído do livro: Virtudes.

AMOR INCONDICIONAL

Em nossa visão superficial entendemos que as pessoas inúteis, cruéis, desonestas, enfim, desprovidas de senso ético, deveriam se dar mal.

Entretanto, se fizermos a viagem de volta para saber a causa delas terem chegado àquela situação, acabaremos entendendo.  Não há anjo da guarda que possa tirar-nos da experiência, pela simples razão de que somos seres humanos e temos o recurso do livre-arbítrio. Nem Deus nos impede de sacar um revólver e dar um tiro em alguém, se assim o quisermos.

Em nossa irrecorrível jornada evolutiva, estamos aprendendo a amar incondicionalmente. 

Lembre-se: Deus, o Pai, concebeu a mãe para estabelecer uma igualdade. Na “Ave Maria” está escrito: “Santa Maria, Mãe de Deus”, para lembrarmos que todos nós somos irmãos.

A criança que não recebe carinho e amor, morre de carência, ou, no futuro, transforma-se num malfeitor, independentemente da classe social.

A formação de um ser humano não depende só de palavras, de lições; é necessário o nutrimento do contato físico, o abraço. Se não receber o afago, quanto mais for dito que se gosta dele, mais raiva ele sente. A única maneira de aproximar-se é pelo tato.

As mulheres possuem esse sentimento, lamentavelmente não conseguiram espargi-lo à sua volta.

Deus as aparamentou com esse sentimento do Amor Incondicional.

Texto extraído do livro: Virtudes.

PAIXÃO E AMOR

A paixão é como atear fogo a um monte de palha. O abrasar é de um calor intenso, mas que se chama fogo de palha. Tem a mesma intensidade do fogo do amor, mas é muito mais efêmero, explosivo, forte.

Na paixão, a pessoa fica com os sentidos obscuros; a mente deixa de ser crítica. A pessoa busca todas as forças e justificativas para alcançar o que é apaixonante. Todo sacrifício e dificuldade são superados. Todas as forças se somarão nesse objetivo: a defesa, o alcance, a superação daquilo ou daquele pelo qual se apaixonou.

Na maioria das vezes, é para lançar a um momento de êxtase, onde o amor é exatamente o que sobra disso.

Quando aquele fogo de palha e todas as satisfações terminarem, e ainda sobrar uma centelha, e o fogo se reerguer, é o amor. Nasce tal qual a Fênix, das cinzas quentes da paixão.

O amor nasce da resistência. Não há ninguém, sendo parceiro do amor, que não esteja a cuidar de si mesmo ou do outro.

O amor é a compreensão da liberdade.

Paixão prende, causa dependência. O amor liberta. São duas forças poderosíssimas: uma de natureza humana, outra de natureza espiritual.

Quando se começa uma relação, quantas situações apaixonantes, quantos discursos que parecem ser o amor. Porém, este se sustenta na superação, na dificuldade de aguentar e resistir, numa consciência divina.

O amor tem uma resposta material muito maior do que a paixão. Enriquece, enobrece e dá força espiritual.

Pode-se dizer que Cristo amou, pois deu a sua vida. E não existe prova maior de amor, do que dar a vida pelo irmão.             

Texto extraído do livro: Sentidos.