quarta-feira, 6 de junho de 2012

A TRAVESSIA



           








                                                                                                                                                 

Numa análise comparativa, o corpo mental e o corpo físico são dois continentes grandes e muito fortes. No meio passa um rio, o corpo emocional. E você tenta do físico chegar ao mental.

O que permite a travessia entre as duas dimensões, através desse rio, é uma ponte muito velha e quebradiça.

Seu destino é o mental e, numa etapa posterior, o espiritual.

Atravessar essa ponte, entretanto, é  assumir todos os riscos.

Ficar no físico não tem como, porque ele se desgasta, fica velho e se consome.

Você é impulsionado a ir para o mental, a atravessar a ponte.

Quando se consegue chegar ao mental, há muitos riscos.

No passado, você conhecia todos os animais, porque era físico, sabia-se dos riscos: o leão podia comê-lo e a cobra picá-lo.

Porém, no mental, não se conhece os riscos: são maiores, porque os inimigos não são visíveis, são impalpáveis, plasmados pelos sentimentos dos que ficaram. Geralmente, sentimentos de ciúme, raiva e inveja de você.

Emocionalmente, estamos todos doentes de inveja, ciúme, egoísmo, ódio, exibicionismo, depressão.

É preciso superar essas doenças, porém é um trabalho físico.

Pode-se ficar muito tempo conversando sobre o problema pessoal de alguém, mas não vai resolver nada. A pessoa se vê, mas se ela não quiser ou se não fizer alguma coisa, não vai se curar.

Se não fizer algo por si mesmo, pelas crianças e pela sociedade, não vai se curar.

Quando se abre a consciência para o trabalho, na tentativa de ajudar o outro, você está sendo ajudado; é o aprendizado do equilíbrio.

Texto extraído do livro: Sentidos.


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