domingo, 18 de maio de 2014

COOPERE PRIMEIRO, CRITIQUE DEPOIS




Sempre que chegar a um ambiente novo, observe, coopere e, somente depois, critique. Sem ter passado por estes passos, sua crítica não estará fundamentada. É muito fácil apontar todos os defeitos pelo simples fato de não estar habituado com o cenário ou com a rotina. Ao chegar, o que está muito bom fica evidente, assim como o que está muito ruim. Mas quem está envolvido no trabalho teve que lutar muito para chegar até ali.


Um barraco de favela pode ser abominável para uns, mas para um morador de rua, assemelha-se a um palácio porque o protegerá da chuva, do frio, permitirá que guarde suas coisas, que lave sua roupa, que tome banho diariamente. Se você está instalado numa bela casa, ao invés de indignar-se e criticar avidamente a periferia, prepare um cômodo para que 
um morador “da favela” possa morar com você.

Se todos tomassem essa atitude, não haveria favelas. Então, se lhe falta altruísmo para ceder um cômodo da sua aconchegante casa, abstenha-se da crítica infundada.

É preciso entender qual é a crítica que adoece e qual é a crítica construtiva, porque a crítica de qualquer natureza é a sua conduta falando por você.

Para os Islâmicos, numa visão de crítica construtiva, bastaria que Jesus chegasse à Terra, dissesse “Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amei!” e morresse em seguida. Isso seria o suficiente para abrasar toda a humanidade em sabedoria e conhecimento. Mas mesmo tendo feito muito mais, a humanidade permaneceu acomodada e adormecida para a cura que leva à evolução espiritual.

A literatura de autocura veio para explicar e reexplicar o “amar ao próximo como a si mesmo” porque o amor e a convivência são aprendizados dessa experiência terrena. Conviver com coisas é fácil; elas ficam no lugar em que você as põe. Mas conviver com pessoas é o grande desafio. Quem está à sua volta deve ser amado por você e esse amor nasce da convivência.

Você não tem consciência sobre o amor que sente por aqueles com os quais possui laços de sangue. Trata-se de um aprendizado biológico, que independe de você, com o qual convive, mas que pode demorar muito tempo para lhe fazer aprender o verdadeiro amor, que é incondicional.

O que está escrito para conduzi-lo à autocura, lhe ensina esse amor incondicional. Mas se mesmo assim você não entender, a Mãe Natureza lhe reserva o marido ou a esposa porque na relação entre cônjuges estão ausentes os laços de sangue e, portanto, não existe amor biológico.

Ninguém gosta de uma literatura que conduz ao enfrentamento de si mesmo. Mas ela permite a toda a humanidade o conhecimento que leva à transcendência. Porque, então, você se nega? Por estar sustentado na crítica sem ter cooperado e isso lhe adoeceu.

Não adianta ter pressa para evoluir, tudo acontece a seu tempo e, como um conta-gotas, a Mãe Natureza lhe permite um sofrimento absolutamente desnecessário, mas que é o único recurso para você ir aprendendo a sentir esse amor não apenas pelos seus, mas por toda a humanidade.

Estudar a literatura que leva à autocura lhe conduz a um sofrimento menor.

Texto extraído do livro: Revelações 4


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