A experiência terrena é uma escola para aprender a se despir e
reconhecer que, de fato, não se é sábio.
O sábio descobre, a cada dia, que há muito para se aprender.
Aquele que acredita já ter aprendido, não sabe; é apenas um “sabido”.
Quando se faz uma grande viagem para o interior de si mesmo,
descobre-se que se desgarrou do caminho a ser percorrido. Com isso, passa-se a
defender-se de tudo, se tornando violento. Defende-se de todas as feridas e
machucados.
Hoje, você é o que fez de si mesmo.
Quando se afastou de seu caminho, adentrou em um túnel. Você,
dentro desse túnel, é capaz de vislumbrar uma luz.
Há um espaço muito grande entre você e essa luz. Você se perdeu,
indo atrás de um caco de vidro que refletia a luz do sol, acreditando ser um
diamante. Mas agora, você tem que voltar por esse caminho percorrido.
Entretanto, mesmo vislumbrando a luz, criou-se muitas dificuldades. E você terá
que passar por elas; ninguém vai resolvê-las para você.
Não adianta querer esquecer das dificuldades criadas, pois não há
como ser perdoado na hora da morte: existe a Lei de Causa e Efeito, a segunda
lei cósmica. A primeira é do Livre Arbítrio, que lhe concede a liberdade de
escolha nas ações.
Em
qualquer estágio evolutivo você é regido por estas leis cósmicas. Toda ação
praticada, através do uso de seu livre arbítrio, causa uma reação. Aquilo que
você faz, recebe de volta.
Nessa sua
história, nessa aparente impossibilidade de enfrentar as dificuldades, olhe
para o seu lado e veja o outro.
A oportunidade de uma experiência terrena não é um convite para o sofrimento. Há mais pessoas ajudando a untar as feridas, do que provocando-as.
Oriente-se por si e encontre, mesmo que a duras penas, a liberdade.
Texto extraído do Livro: Talentos.
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