Moisés disse: Ame ao teu próximo como a ti mesmo, e Jesus asseverou: Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. Passados dois mil anos, os cristãos ainda não compreenderam isso.
A proposta é amar o outro como alguém o amou. Já era para se ter passado por essa fase, mas acontece que muitas pessoas não conseguem amar a si mesmas, nem mesmo se aceitarem ou se reconhecerem.
O momento é de retribuir o amor recebido. É preciso avançar, urgentemente.
Você só ama a si mesmo, e passa a amar o outro, quando se reconhece.
Não importa o tamanho do seu problema; nesse momento, o sol está nascendo em algum lugar.
Não há compreensão da grandeza do que está à volta. O mundo não existe porque você existe. Ele independe de você. Nessa infinitude cósmica, você é um grão de areia; só é visto de longe junto com muitos outros, porque sozinho não dá para ser visto.
Com isso, você aceita outro e retribui o amor da terra, da água, do fogo, do ar.
Esse é o composto químico do outro. Ainda que ele seja crítico, doente, ou apresente atitudes diferentes das suas.
O que estabelece a diferença, se é que ela existe, é o seu amor. A teoria é falácia. Porém, a compreensão ainda é pouca.
Mas, a duras penas, você irá descobrir que este é o caminho. Tudo aquilo que você consegue criticar no outro, de absolutamente negativo, é exatamente aquilo que você foi. Porque, enquanto você é, não consegue se ver.
Alcançar no outro a compreensão das suas mazelas é um exercício útil e necessário para amar.
Texto extraído do livro: Sentidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário