domingo, 23 de junho de 2013

DESAPEGO




A interação com outros níveis de consciência e outras dimensões, é natural e simples, não sendo propriedade de ninguém.

A todos, sem exceção, é possível. É só desejar profundamente.

É preciso se desprender dos apegos que tornam o ego poderoso, mas que esvaziam o coração; que afligem, angustiam, entristecem e fazem surgir o estresse, a ansiedade.

O convite é para que se alcance o coração, desperte-se, e se apegue em si mesmo, e não no que se tem.

Descubra a sua importância. Tudo o que você consegue ver fisicamente, o que os seus olhos alcançam, é seu.

Nada o impede de ir àquele prédio maravilhoso, com muitos andares e vidros, usar o elevador, conviver com as pessoas.

E, se isso for complementado por uma tarefa a ser exercida, melhor ainda será o aproveitamento.

Tudo o que o homem construiu, o que está ao alcance da vista, o que pode ser tocado, cheirado, sentido, é seu.

Se o outro achar que é dele, respeite, reconheça que seja dele. Não atravesse a cerca, porque ele não compreende ainda. É essa equanimidade que traz a importância, a grandeza de cada um.

Ninguém lhe tira aquilo que você reconhece como seu; mas tira aquilo a que você se apega. E você se apega ao que lhe falta, ao que deseja muito.

Tudo o que você conseguiu conquistar e registrar no seu nome, respeite, cuide, zele. Mas que isso não seja maior que você.

Existem, entre os desencarnados, pessoas que foram milionárias, e há muito tempo sofrem pelo que deixaram. Para elas, as jóias não servem mais, e fazem mais mal do que bem.

Mas se você gosta, use, brilhe, faça o melhor proveito, mas não se apegue. Não permita que a jóia seja maior que você.

Faça com que a beleza dela seja do tamanho da sua, mas não maior. Não permita que ela diminua o outro.

Tudo é seu, enquanto você estiver aqui, nesse tempo.

Que o que você tem e está sob a sua responsabilidade não seja maior do que você.
Cresça, tenha mais; porque você, de posse dessa consciência, com certeza, fará bom uso.

Evolução não é pobreza material. É ter tanto quanto puder cuidar.

Se você não tem casa, mas cuida bem da que é do outro, uma casa lhe será confiada. Enquanto você não aprender a cuidar, isso não ocorrerá. É uma questão energética. Por isso, não despreze o que você tem, mas que não seja maior que você.

E se alguém não souber cuidar, ensine-o. Desapegar-se das coisas, não é deixar sem trato, sem cuidados. Porque você terá que prestar contas do que é seu, pois a experiência na Terra é material.


Cuidar dá muito trabalho, e você pode ser tentado a desistir. Se a medida do cuidar não lhe cansa, você está no caminho certo.

Texto extraído do livro: Sentidos.


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